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As rotas de roteamento podem ser estáticas ou dinâmicas. As rotas estáticas são configuradas pelo administrador da rede. Na ocorrência de falhas ou  na ampliação da rede é necessário reconfigurar manualmente as tabelas de roteamento de todos os roteadores vizinhos.

Já as rotas dinâmicas são constantemente atualizadas por protocolos de roteamento. Neste caso, na ocorrência de falhas ou na ampliação da rede, o protocolo de roteamento detecta a mudança da topologia da rede e atualiza as tabelas de roteamento nos roteadores envolvidos. Este é um processo é muito rápido comparado com o roteamento estático (manual).

Os protocolos de roteamento dinâmico classifica-se de acordo com o algoritmo envolvido no mapeamento das rotas. Podem ser classificados como “ distance vector” ou “ link state”.

Além disso, os protocolos de roteamento podem ser classificados de acordo com a sua cobertura da rede  ou de acordo com as “ regiões administrativas” , que podem ser internas (IGP – Interior Gateway Protocol) ou externas (EGP – Exterior Gateway Protocol).

Tendo em vista esta última classificação, convém definir o conceito de “ sistema autônomo”. Um sistema autônomo é uma coleção de roteadores e de redes sujeitos a um único controle administrativo, por exemplo um backbone.

IGRP

O Interior Gateway Routing Protocol (IGRP) é um protocolo que foi desenvolvido na década de 80 pela Cisco Systems. O objetivo principal da Cisco ao criar o IGRP era fornecer um protocolo robusto para distribuir dentro de um Sistema autônomo (AS).

Na década de 80, o protocolo interior de roteamento mais popular era o Routing Information Protocol (RIP). Embora o RIP fosse completamente útil para distribuir dentro de pequenas e médias empresas, redes relativamente homogêneas, seus limites foram empurrados pelo crescimento da rede. O limite máximo de hops suportados pelo RIP (16) restringiu o crescimento das redes; a sua única métrica (contagem de hops) somente de balançar da carga de igual custo não permitiu muita flexibilidade de roteamento em ambientes complexos.

A popularidade de roteadores da Cisco e a robustez do IGRP incentivaram muitas organizações com grandes redes a substituir o RIP pelo IGRP. A implementação inicial do IGRP da Cisco trabalhava em redes IP (Internet Protocol). O IGRP, no entanto, foi projetado para funcionar em qualquer ambiente da rede, e a Cisco logo portou-o para rodar em redes de protocolo de sem conexão de rede da OSI (CLNP). A Cisco desenvolveu o Enhanced IGRP (EIGRP) nos anos 90 para melhorar a eficiência da operação do IGRP.

IGRP é um Protocolo baseado no algoritmo Vetor da Distância, onde ele compara matematicamente as rotas usando alguma medida da distância. Esta medida é sabida como o vetor da distância. Os roteadores que usam um protocolo do vetor da distância devem emitir toda ou uma parcela da sua tabela de roteamento em uma mensagem do roteamento-atualização em intervalos regulares a cada um de seus roteadores vizinhos.

Enquanto as informações de roteamento proliferam através da rede, os roteadores podem identificar destinos novos enquanto são adicionados à rede, aprendem nas falhas na rede, e, o mais importante, calcula distâncias a todos os destinos sabidos.

O protocolo do roteamento do vetor da distância é contrastado frequentemente com protocolos de roteamento do link-state, que emitem a informação local da conexão a todos os nós na rede interna. Para uma discussão do trajeto o mais curto aberto primeiramente (OSPF) e do sistema IS-IS, dois algoritmos populares do roteamento do link-state, “trajeto o mais curto primeiro,” e “protocolo do roteamento da interconexão de sistema aberto,” respectivamente.

O IGRP usa uma métrica composta que seja calculada fatorando valores matemáticos tornados mais pesados para a rede interna atrase, largura de faixa, confiabilidade, e carga. Os administradores da rede podem ajustar os fatores tornando mais pesados para cada uma destas métricas, embora grande deva cuidado ser tomado antes que todos os valores de defeito estejam manipulados.

O IGRP fornece uma escala larga para sua métrica. A confiabilidade e a carga, para o exemplo, podem fazer exame em todo o valor entre 1 e 255; a largura de faixa pode fazer exame nos valores que refletem velocidades de 1200 bps a 10 Gbps, quando atrasar pode fazer exame em qualquer valor de 1 a 225 aproximadamente. Estas escalas métricas largas são complementadas mais por uma série das constantes usuários-definíveis que permitem um administrador da rede de influenciar a seleção da rota.

Estas constantes cortadas de encontro às métricas, e a, em um algoritmo que renda uma única, métrica composta. Assim, o administrador da rede pode influenciar a seleção da rota deixando tornar mais elevado ou mais baixo as métricas específicas. Esta flexibilidade permite aos administradores finos-ajustes a seleção automática da rota de IGRP.

Para fornecer a flexibilidade adicional, IGRP permite o roteamento multi-caminhos. As linhas duplas da igual-largura de banda podem funcionar um único canal do tráfego na forma do circle-round-robin, com switch over automático à segunda linha se uma linha for para baixo.

Os trajetos múltiplos podem ter as métricas desiguais, contudo ainda são rotas multi-caminhos válidas. Por exemplo, se um trajeto for três vezes melhor do que um outro trajeto (seu métrico é três vezes mais baixo), o trajeto melhor será usado três vezes ou mais frequentemente. Somente as rotas com métricas que estão dentro de determinadas escalas ou variação da mais melhor rota são usadas como trajetos múltiplos. A variação é um outro valor que possa ser estabelecido pelo administrador da rede.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
  • É um protocolo CLASSFULL, portanto NÃO suporta CIDR e VLSM.
  • Implementa uma variação do Bellman-Ford.
  • Limite de hops: 255 (256 = inalcançável).
  • A seleção de caminhos é através de um vetor de métricas e não somente de uma (número de hops).
  • Permite manter múltiplos caminhos para o mesmo destino – é um protocolo multi-caminho.
  • Para fornecer a flexibilidade adicional, IGRP permite o roteamento multi-caminhos, através das métricas.
  • Características de estabilidade.
  • Manda atualizações a cada 90 segundos.
  • O IGRP utiliza um vetor de métricas para a seleção do melhor caminho ao invés do número de saltos (hops).
  • Estas métricas são configuráveis e aplicadas em uma equação que calcula o menor caminho.
  • É possivel configurar uma variancia”, para que mais de um caminho seja selecionado como o caminho ótimo.
  • A seleção de múltiplos gateways para a mesma rota resulta na utilização simultânea destes caminhos.
  • IGRP aceita 4 caminhos para uma determinada rede.
  • A melhor métrica local deve ser maior do que a métrica aprendida do próximo roteador.
  • A métrica do caminho alternativo deve estar dentro de uma variação especificada da melhor métrica local.
  • Definição da variância de um caminho particular.
METRICAS

As métricas usadas pelo IGRP são:

Atraso da rede: atraso acumulado em todo o caminho

Largura de banda: o valor da banda mínima em todo o caminho

Confiabilidade: Status de confiabilidade que o link possui  ao longo de todo o caminho.

Carga do enlace: ocupação de todo do link.

O administrador pode determinar o peso de cada métrica na decisão das rotas. Além disso, a faixa de valores que as métricas podem utilizar é bastante ampla, o que permite caracterizar bem os seguimentos de rede.

O administrador pode modificar o algoritmo alterando a combinação dos componentes da métrica.

TEMPORIZADORES

O IGRP mantém uma série de variáveis de tempo que permitem ao usuário ajustar os tempos de convergência da rede. São eles:

–Update timer

  • frequência de envio de mensagens de atualização.
  • Default: 90 segundos.

–Invalid timer

  • tempo de espera até que um roteador considere uma rota não atualizada como inválida.
  • Default: 3 vezes o update timer.

–Hold-time period

  • Tempo que uma rota deve ficar em hold-down.
  • Default: 3 vezes o update-timer, mais 10 segundos.

–Flush timer

  • tempo que deve passar, sem atualização, até que uma rota seja eliminada da tabela de roteamento.
  • Default: 7 vezes o update-timer.
PRÓS & CONTRAS
  • IGRP escala melhor que RIP em redes maiores.
  • É um protocolo CLASSFULL. Não implementa CIDR e VLSM.
  • Permite balanceamento de tráfego por vários circuitos de banda diferentes.
  • Os pesos utilizados por default, principalmente relativos ao delay, geralmente não são adequados.

COMO É FEITA A SUA CONFIGURAÇÃO

Alguns itens de configuração mais comuns em roteadores Cisco são:

–Criação do processo de roteamento IGRP.

–Atualização em redes NBMA.

–Definição de métricas.

–Ajuste dos pesos das métricas e variação.

–Desabilitação de hold-down.

–Determinação de um diâmetro de rede máximo.

–Validação do endereço IP origem.

  • Determinação de um diâmetro de rede máximo. Default 100 hops e o máximo, 255.

#metric maximum-hops hops

  • Desabilitação de hold-down.

#no metric holddown

  • É possível desabilitar a função que valida o endereço de origem das atualizações de roteamento.

 #no validate-update-source

RIP X IGRP
  • Vantagens do IGRP:

–IGRP ocupa menos largura de banda (atualizações de 90 em 90 segundos).

–Escolha do caminho: IGRP baseia-se principalmente na velocidade da linha.

–Tamanho da rede: RIP possui limitação de 15 “hops.

–Redistribuição para outros protocolos de roteamento.

  • Vantagens do RIP:

–Tempo de “Convergência”: Redes que utilizam-se do RIP possuem menor tempo de convergência.

–Interoperabilidade: O RIP é um protocolo de mercado.