Técnica WDM – Wavelenght Division Multiplexing
Nesta técnica de modulação os sinais transportam a informação, em diferentes comprimentos de onda, eles são combinados em um multiplexador óptico e transportados através de um único par de fibras.
Os sistemas que utilizam esta tecnologia, em conjunto com amplificadores ópticos, podem aumentar significativamente a
capacidade de transmissão de uma rota sem a necessidade de se aumentar o número de fibras.
Quais as Vantagens em Utilizar Redes xWDM?
Esse sistema de multiplexação possui algumas vantagens, apresentadas a seguir:
- Passa a ser uma excelente alternativa para promover upgrades de velocidade em links GPON e EPON, permitindo fazer migrações para xWDM apenas substituindo os equipamentos nas extremidades. Desta maneira, é possível se preservar os investimentos realizados.
- Transparência total aos sinais transmitidos: sistemas xWDM podem transmitir uma grande variedade de sinais de maneira transparente.
- Transponder é um dispositivo eletrônico para permitir uma comunicação e cujo objetivo é receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente daquela original ou ainda transmitir de uma fonte uma mensagem específica em resposta à outra pré-definida de outra fonte. No xWDM como cada transponder opera de maneira independente, imagine que o transponder 1 transmite sinais STM4, o transponder 2 pode transmitir E3 e o transponder 3 pode transmitir MPLS.
- As operadoras podem planejar um crescimento gradual em uma determinada região, podendo iniciar as operações com 16 canais,
podendo atingir a 40 canais. A introdução de mais canais no sistema pode ser feita simplesmente adicionando novos equipamentos terminais (transponder, Multiplexador – mux e demultiplexador – Demux). - Criação de uma rede 100% com fibra óptica, com utilização do ambiente WAN (Wide Area Network) com redes CDWM ou DWDM
em redes MAN (Metropolitan Area Network) podendo usar canais GPON para a evolução de comunicações digitais. - Atendimento de demanda inesperada: geralmente, o tráfego aumenta mais rápido que o esperado e, assim, alguns sistemas
podem não possuir uma infraestrutura disponível para suportá-lo. Sistemas xWDM podem solucionar este problema, economizando
tempo na expansão da rede.
Redes CWDM (Coarse Wavelength Division Multiplexing)
O CWDM (Coarse Wavelenght Division Multiplexing) ou multiplexação por divisão de comprimento de onda convencional (grosseira)
expande as ondas de luz em vez de mantê-las mais próximas, levando a um pequeno aumento no número de canais na fibra óptica, em um número até 18 comprimentos de onda.
Esse tipo de rede pode ser considerado como uma tecnologia de entrada na técnica de multiplexação WDM, pois possui baixa densidade. Nela, as informações são agrupadas no máximo em 18 canais, utilizando o range de 1260nm a 1625nm, onde a distância entre os canais é de 20nm (3000GHz).
Exige menor controle dos comprimentos de onda e possuem elevada qualidade de serviço. Essa tecnologia utiliza laseres como transmissores e é desnecessária a presença de amplificadores ópticos. Isso faz com que seja preferível o uso do CWDM em redes metro, devido a seu custo acessível.
Outra característica dos sistemas CWDM é que estes possuem flexibilidade suficiente para serem empregados em conexões ponto-aponto.
Também suportam tráfego Ethernet e interconexão de SANs (Storage Area Networks). A taxa de transmissão suportada é de 1.25Gbps, cobrindo distâncias de até 40km. Além disso, oferece suporte para taxas de 2.5 Gbps, cobrindo distâncias de até 80 km.
Redes CWDM Passivas é uma implementação do CWDM que não necessita energia ao longo do transporte da informação. Divide os comprimentos de onda por componentes ópticos passivos, como filtros de passagem de banda e prismas. A maioria dos dispositivos CWDM é passiva. O CWDM Mux/Demux é o dispositivo mais usado no sistema CWDM passivo. As redes CWDM utiliza as bandas de comprimento de onda:
Redes DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing)
O nome desta rede revela a principal característica dessa tecnologia, pois há uma densa concentração de comprimento de onda, pois esse sistema é capaz de multiplexar 40 comprimentos de onda a 10Gbps por canal, possuindo um throughput total de 400Gbs, em uma única fibra.
Esse sistema passa a ser a grande solução para operadoras e provedores para ampliar a sua capacidade de transmissão permitindo a transmissão de dados, voz e imagem com altíssima resolução (UHDTV).
Além de ampliar exponencialmente a capacidade de canais disponível na fibra instalada. Esse sistema permite a utilização das fibras G.652 (monomodo) que é o mais utilizado nos backbones ópticos.
Redes DWDM são usadas principalmente em ligações ponto-a-ponto, mas podem ser utilizadas de forma ponto-multiponto com a utilização de equipamentos OXC (Optical Cross Connect). Como essa tecnologia, é possível que cada sinal transmitido esteja em taxas ou formatos diferentes ele passa a ser considerado como muito flexível.
Os sistemas DWDM utilizam comprimentos de onda entre aproximadamente 1500nm e 1600nm e apresentam alta capacidade de
transmissão por canal, 10Gbps, podendo alcançar 1Tbps na transmissão de dados sobre uma fibra óptica.
Atenuação Inerente do Sistema
Com a necessidade de se transmitir em taxas de transmissão cada vez mais alta, os técnicos passam a observar que há problemas intrínsecos na atenuação do sinal óptico na faixa de 1440nm (banda E).
Observe o gráfico anterior com a utilização da fibra óptica monomodo G.652 vemos que podemos utilizar uma faixa de comprimentos de onda entre 1280nm e 1650nm.
O limite inferior dessa faixa de comprimento de onda assume esse valor devido ao diâmetro do núcleo da fibra monomodo. Já o limite superior dessa faixa é explicado pelo fato de que, para um valor acima deste limite, a atenuação aumenta rapidamente.
As redes DWDM utilizam as últimas três bandas, da figura acima e estão descritas na tabela abaixo.
Fontes de Emissão de Luz
As redes DWDM precisam de uma fonte de luz extremamente boa e confiável e com isso o LED e o VCSEL são descartados, e o Laser passa
a ser a fonte de luz utilizada, mas são laseres especiais como os laseres (FB) Fabry-Perot e os DFB (Distribuited Feed Back), sendo os lasers DFB mais adequados às aplicações DWDM, já que emite feixes de luz bem semelhante à luz monocromática e permite altas velocidades de transmissão, além de possuir uma relação sinal-ruído favorável e apresentar maior linearidade.
Esses laseres podem operar em torno de 1310nm e na faixa de 1520nm a 1565nm, que apresenta compatibilidade com os amplificadores do tipo EDFA (Erbium Doped Fibre Amplifier).
Observe que é um sistema que multiplexa múltiplos comprimentos de onda (ou cores de luz) que são transmitidos através de uma única fibra óptica. O sistema de multiplexação funciona como um prisma. É um sistema que utiliza um canal comum (fibra) para transmitir outros pequenos canais de comunicação de uma ponta a outra.
Cada comprimento de onda é um canal separado, que multiplica a capacidade de transmissão da fibra.
Detectores de Luz
Esse sistema possui do lado da transmissão (origem) um laser e o lado receptor tem fotodiodo ou fotodetector, que é um dispositivo que emite um pulso elétrico ao ser atingido pela luz. Normalmente, o tempo de resposta de um fotodiodo corresponde a 1ns, fator que limita as taxas de transmissão em 1Gbps. Outro fator importante é o ruído térmico.
Para ser detectado, um pulso de luz precisa conduzir energia suficiente. Se o sinal transmitido possuir potência suficiente, a taxa de erros pode se tornar pequena o bastante, de forma que não afete a transmissão.
No caso de sistemas DWDM, é preciso que os sinais transmitidos sejam recuperados em diferentes comprimentos de ondas sobre a fibra. Assim, os sinais ópticos são separados (demultiplexados) antes de chegar no detector.
Os fotodetectores mais usados são o PIN (Positive-Intrinsic-Negative) e o APD (Avalanche PhotoDiode). Os fotodiodos PIN apresentam certas vantagens, tais como baixo custo e confiabilidade, enquanto os APDs demonstram maiores sensibilidade e precisão e alto custo.
Transponder
Na realidade é muito difícil obter comprimentos de onda entrantes em um Multiplexador Óptico, com sinais de mesma intensidade e, com
espaçamento adequado entre eles.
Para resolver esta situação foi desenvolvido, dentro do Sistema WDM, um subsistema chamado de transponder que tem por finalidade uniformizar a intensidade o comprimento de onda dos sinais ópticos recebidos e impor um espaçamento adequado.
Este tipo de equipamento tem a função de realizar a adequação da frequência do sinal de entrada para um sinal de saída compatível com o plano de frequências padronizado pelas normas G.694.1 (DWDM) e G.694.2 (CWDM) do ITU-T.
O transponder pode ser utilizado de 2 formas:
1. Como uma unidade instalada diretamente nos equipamentos WDM Terminais, OADM e OXC para receber sinais ópticos de equipamentos de aplicação convencionais com lambdas (comprimentos de onda) de 1310nm ou 1550nm.
Acoplado à própria unidade de agregado (ou de linha) de um equipamento SDH (Synchronous Digital Hierarchy) que utiliza a rede
WDM como meio físico através da inserção em canais adequados diretamente nos multiplexadores ópticos, sendo esse conjunto então
denominado de agregado “colorido”.
2. Existem também os Chamados “transponders” regenerativos que têm
a finalidade de regenerar o sinal óptico da rede.
A regeneração é feita convertendo o sinal de entrada (com comprimento de onda na 2ª ou 3ª janelas de propagação) para um sinal elétrico regenerado e sem ruído, e convertendo esse sinal elétrico
novamente para um sinal óptico de saída (com comprimento de onda compatível com o plano de frequência do ITU-T) que tem uma relação sinal/ruído significativamente melhor.
Um exemplo típico de uso desse equipamento é a instalação de 2 “transponders” regenerativos em série, com a finalidade de regenerar o sinal de uma rede SDH que trafega sobre a rede WDM sem a utilização de multiplexadores SDH numa dada estação.
O sinal óptico proveniente de um segmento da rede WDM é convertido para um sinal óptico regenerado na 2ª ou 3ª janela de propagação no primeiro “transponder” e esse sinal é entregue ao segundo “transponder” que o converte novamente para um sinal óptico de saída para o segmento seguinte da rede WDM.
Caso o equipamento de um determinado fabricante permita, a troca de sinais entre os transpondes pode ser feita diretamente através dos sinais elétricos, desde que sejam respeitados os limites físicos da interligação.
Multiplexadores e Demultiplexadores (MUX/DEMUX)
São equipamentos capazes de combinar sinais que provêm de várias fontes emissoras, para que sejam transmitidos por uma única fibra (Mux). Assim, os multiplexadores convergem sinais de diversos comprimentos de onda, oriundos do “transponder”, em um único feixe.
Nos receptores, temos equipamentos do tipo Demux, que possuem a função de separar o feixe recebido em suas várias componentes de
comprimento de onda. A função dos Mux/Demux é basicamente a mesma e são instalados na Ponta “A” e o outro na Ponta “B” em direções opostas.
Esses equipamentos podem ser classificados como passivos ou ativos. Se forem passivos, são baseados na utilização de prismas, difração ou filtros. Se forem ativos, se baseiam na combinação de dispositivos passivos com filtros sintonizados.
ODM – Optical Add/Drop Multiplexer
É um tipo especial de multiplexador utilizado com a função de um remover um sinal (comprimento de onda específico) e realizar a inserção de um novo sinal, de mesmo comprimento de onda, em um enlace de transmissão. Muito utilizado no meio do caminho, quando é necessário fazer a baixada do sinal em uma cidade intermediaria entre a Ponta A e a Ponta B.
Quando há essa necessidade é instalado o OADM e todos os demais comprimentos de onda passam através dele com uma pequena perda de potência (geralmente alguns dB). Com isso passamos de links ópticos DWDM ponto-a-ponto, para multiponto.
ROADM – Reconfigurable Optical Add and Drop Multiplexer
Esse equipamento surgiu com o passar do tempo, pois alguns fabricantes incorporaram em seus produtos com o objetivo de agregar e permitir um diferencial competitivo, pois a inserção e retirada de Comprimentos de Onda passa a ser executada de forma remota.
OXC – Optical Cross Connect
Este tipo de equipamento tem a função de realizar o roteamento de Lambdas em nível óptico, permitindo minimizar o número de equipamentos nas redes WDM, diminuir os pontos de possíveis defeitos, além de otimizar o espaço ocupado nas estações.
Apesar de ter sido concebido a partir de objetivos importantes para a otimização de redes WDM, devido ao seu alto custo atual este tipo de equipamento ainda não tem aplicação comercial.
Amplificadores Ópticos
Neste tipo de sistemas de transmissão de dados por fibras ópticas estamos operando em redes WAN, o sinal transmitido precisa ser amplificado após percorrer uma certa extensão da fibra.
Os amplificadores ópticos são dispositivos que têm a finalidade de amplificar um sinal fraco e distorcido, objetivando a regeneração
desse sinal. Esse equipamento realiza a amplificação no domínio óptico, ou seja, sem realizar a conversão do sinal óptico em pulsos elétricos.
Como os amplificadores ópticos operam apenas na faixa de banda específica do espectro de frequência, a faixa de frequência para sistemas DWDM são muito dependentes desses amplificadores. A amplificação óptica não depende da taxa de transmissão de dados.
O amplificador óptico mais conhecido é o EDFA (Erbium-Doped Fiber Amplifier). O érbio é um elemento que emite luz quando excitado. Esse amplificador, recebe um sinal fraco e uma luz de comprimento de onda de 980nm ou 1480nm é injetada por um laser. Isso estimula os átomos do érbio a liberar a energia armazenada como luz de 1550nm.
Este processo é contínuo através da fibra e, por isso, o sinal aumenta fortemente. No entanto, as emissões espontâneas no EDFA também
adicionam ruído ao sinal transmitido.
Os Parâmetros que normalmente definem um amplificador óptico, são os seguintes:
· Faixa de Operação [nm]
· Faixa de Variação de Potência de Entrada [dBm]
· Faixa de Variação de Ganho [dB]
· Ruído [dB]
· Potência de Saída [dBm]
· Eficiência da Conversão de Potência [%]
· PDG (Polarization Dependent Gain) [dB]
· PMD (Polarization Mode Dispersion) [ps]
Vamos para fins didáticos, dividir os amplificadores puramente ópticos, em duas categorias:
1. Amplificadores Ópticos baseados em fibras ópticas, geralmente denominados de OFA (Optical Fibre Amplifiers). São eles:
· EDFA (Erbium Doped Fibre Amplifier)
· EYDFA (Erbium Ytterbium Doped Fibre Amplifier)
· PDFFA (Praseodymium Doped Fluoride Fibre Amplifier)
· TDFFA (Thulium Doped Fluorid Fibre Amplifier)
· RA (Raman Amplifier)
· Híbridos
2. Amplificadores Ópticos baseados em guias de onda ópticas, normalmente chamados de OWGA (Optical Wave Guide Amplifiers).
São eles:
· EDWA (Erbium Doped Waveguide Amplifier)
· SOA (Semiconductor Optical Amplifier)
· LOA (Linear Optical Amplifier)
· TIA (Transimpedance Integrated Amplifier)
Laser
Embora os módulos SFPs possam ser para comunicação via cabo par trançado, neste caso via comunicação elétrica, a grande maioria dos módulos SFP são ópticos, em especial com emissores laser, empregados para distâncias e velocidades maiores. Os módulos com laser podem ser perigosos, pois podem causar danos a visão, de forma transitória ou permanente, mesmo que seja por frações de segundo.
Laseres visíveis podem atingir a retina e provocar aquecimento de modo a destruir as células oculares. Mas os mais perigosos são os Laseres invisíveis a visão porque não provocam o instinto de fechar o olho ou desviar a visão, assim a pessoa pode não sentir dor ou notar dano imediato, até que haja um aquecimento suficiente para já ter provocado cegueira.
Classificação de Laseres
A norma IEC 60825 (primeira edição em 1993, consolidada com as alterações de 1997 e 2001) classifica os emissores laser, conforme o grau de perigo que representam a saúde humana.
Classe 1
Os laseres de laser Classe 1 são considerados seguros sob as condições previstas, baseados no conhecimento médico, ou seja, que não excedam o tempo máximo de exposição permitido para comprimentos de onda aplicáveis.
Esta classe inclui todos os laseres ou sistema de laseres que não emitem radiação acima do limite potencialmente perigoso para os olhos, e nenhuma radiação escapa do invólucro. Podem incluir laseres de classe mais alta, cujos raios sejam confinados em invólucros adequados para que a radiação emitida seja previsível fisicamente. Não causará lesões caso o compartimento protetor não seja aberto.
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Classe 1M
Categoria de laser que produzem raios de diâmetro largo ou divergente.
A exposição máxima não acontecerá a menos que sejam usados equipamentos para focalizá-los em diâmetro estreito, e neste caso
podem provocar lesões.
Classe 2
Tipo de classe de laser que emite luz visível na faixa do visível (400- 700nm) e possuem potência igual ou inferior a 1mW. Presume-se que o reflexo humano de piscar seja suficiente para prevenir exposições longas o suficiente para provocar lesão à retina. Seguros para exposições não intencionais e observações não prolongadas (menores que 0,25 segundos), possuem potência baixa até 1mW.
A classe de laser 2M emite luz visível na faixa de comprimento de onda de 400nm a 700nm, em diâmetro largo ou divergente e potência de até 1mW. Presume-se que o reflexo do olho humano de piscar seja o suficiente para prevenir exposições longas o suficiente para provocar lesões.
Entretanto, se o laser for focado ou observado por meio de instrumentos ópticos a radiação pode atingir níveis potencialmente
perigosos.
Classe 3R
É todo e qualquer produto baseado em laser que possibilita que ocorra o acesso humano à radiação do laser. Embora o tempo de exposição máximo permitido possa ser excedido, o risco de provocar ferimentos é baixo.
Seguros quando manipulados com cuidado e potencialmente perigosos aos olhos se observados por meio de instrumentos óticos
ou focalizados. Possuem potência baixa menor que 5mW na região visível. É um laser contínuo que, portanto, produz até cinco vezes o
limite de emissão dos laseres de Classe 1 ou 2.
Classe 3B
Classe de laser que produz luz de tal intensidade em que a exposição máxima permissível ao olho humano pode ser ultrapassada
intencional ou acidentalmente.
A exposição do raio luminoso direto a olho nu (feixe e reflexões) é potencialmente séria, entretanto, a radiação difusa (dispersa por
uma superfície) desse laser não é classificada como perigosa.
A potência desses laseres vai de 5mW a 500mW em emissão contínua, com comprimentos de onda superiores a 315nm.
Classe 4
São os laseres de alta potência (tipicamente maiores que 500mW se a emissão for contínua ou 10J/cm2 se pulsados). Sempre representam perigo, de modo direto, difuso ou por meio de reflexões para a visão e pode provocar efeito destruidor e permanente à visão. Possuem energia suficiente para incendiar materiais e podem causar lesões sérias a pele. Adicionalmente podem representar riscos de incêndio e gerar fumaças tóxicas, sua utilização requer extrema precaução.
Filtro WDM (Wavelength Division Multiplexing) – Vídeo Analógico
Objetivando se tornar mais eficiente o uso de fibras ópticas, por volta de 1990, foi desenvolvida a tecnologia WDM (Wavelength
Division Multiplexing). Esta tecnologia consiste em juntar numa mesma fibra vários sinais de luz, de cores (comprimentos de onda) diferentes, cada um gerado por um laser independente. Assim, o Filtro WDM, acoplador WDM ou WDM Coupler, assim como o splitter, é um componente óptico passivo, desta forma não precisa ser alimentado, pois não atua regenerando o sinal. Ele é responsável por combinar em uma mesma fibra óptica dois ou mais comprimentos de onda diferentes.
Em redes FTTx EPON ou GPON, é o dispositivo que possibilita que um sinal de vídeo em comprimento de onda de 1550nm seja transmitido
ao assinante, não alterando o tráfego de dados nos comprimentos de onda de 1310nm (sinal que parte do assinante para a central) e de
1490nm (sinal que parte da central em direção ao assinante).
Possui uma porta de entrada e duas portas de saída. Existem os modelos para fibras “nuas”, ou seja, para realizar fusão e os
conectorizados. Acrescentam uma perda na potência do sinal, em geral uma perda de inserção típica de 1dB. Alguns equipamentos
podem vir com o acoplador WDM já incorporado internamente ao transmissor óptico.
Topologias PON apresentam grande flexibilidade de utilização, inclusive para cobertura de vídeo, tendo um comprimento de onda
específico definido para isso (1550nm). A maioria dos sistemas PON que permitem funcionamento com vídeo analógico não possuem um
canal reservado para retorno de RF, inviabilizando o uso de DOCSIS (Data Over Cable Service Interface Specification).
Cenário de Video Overlay e xPON O setup configurado na figura seguinte demonstra a interconexão entre os equipamentos de
modo a construir um cenário para associação de Video Overlay à comunicação GPON.
O Video Overlay aproveita a capacidade de transmissão da fibra óptica enviando o sinal de vídeo óptico em comprimento de onda de 1550nm.
Neste caso o consumo de banda do sistema de dados é “zero”, uma vez que as informações de vídeo se encontram na fibra em modo analógico e em outro comprimento de onda, o que não inviabiliza a transmissão de sinal digital de TV em alta definição (HDTV), apenas
reduzindo a capacidade de canais em função da largura de faixa de cada canal.
Uma condição obrigatória para a utilização de Video Overlay associado a uma rede PON é que os conectores empregados na rede tenham o polimento tipo APC para minimizarem problemas com perdas por retorno, já que as potências envolvidas são consideradas altas (na ordem de +23dB a +33dB), para isso deve-se empregar um amplificador óptico sintonizado em l de 1550nm, além de um transmissor óptico.
Um dispositivo óptico chamado acoplador WDM (WDM Coupler) também se faz necessário para combinar os sinais de vídeo em comprimento de onda de 1550nm e de dados em 1490nm na fibra óptica que conduzirá o sinal ao cliente.
Do mesmo modo, permite que o sinal de dados do cliente, em comprimento de onda de 1310nm, possa ser repassado por um sistema óptico prismático para a central (Central Office).